O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez no ano de 1857, pelo polonês Wojciech Jarstembowsky, e tem como origem a junção das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (lei ou regra). Apesar de estar inicialmente relacionado ao conforto físico do trabalhador, hoje em dia, o termo pode ser aplicado nas mais diversas atividades, desde esportivas até as relacionadas ao lazer, como um conjunto de regras e procedimentos que foca no bem-estar – físico e mental – durante a realização de determinada tarefa.
Apropriando-se da definição oficial utilizada pela IEA (Associação Internacional de Ergonomia), desde 2000, a ergonomia pode ser definida como:
Disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema.
Ou seja, a ergonomia analisa as interações entre o homem e os outros elementos de um dado sistema, visando melhorar as respostas motoras, de conforto e bem-estar, diminuindo o esforço e a fadiga. Dentro dessa definição, a ergonomia pode ainda ser dividida em três áreas: física, cognitiva e organizacional.
A ergonomia física diz respeito às características da anatomia humana, fisiologia e antropometria relacionadas a determinada atividade física. Alguns temas relevantes incluem, por exemplo, o estudo da postura ao realizar a ação, o manuseio de materiais e utensílios e os movimentos repetitivos.
A ergonomia cognitiva se refere aos processos mentais tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os temas relevantes incluem o estudo da carga mental da atividade, tomada de decisão e interação homem-máquina.
A ergonomia organizacional, por fim, está relacionada à otimização das estruturas políticas e de processos. Os temas relevantes incluem comunicação, trabalho em equipe e jornada de atividades.
Na arquitetura a ergonomia é aplicada em todas as etapas de projeto, desde a concepção do programa de necessidades, viabilizando todas as atividades requeridas, até o detalhamento de mobiliário. Afinal- para além das dimensões adequadas dos ambientes e móveis - materiais, texturas, cores, iluminação, etc. também são itens essenciais para se atingir o conforto físico e psicológico no espaço.